terça-feira, 8 de abril de 2008

À derradeira amante ( para Andrea, de Alma Welt )

Foi na grande cidade,
Andrea
que te encontrei
sem jamais ver-te,
que te quero ver.
Estás longe,
estás só como eu,
aqui no casarão
entre as minhas flores,
as árvores do meu pomar,
e a pradaria.

Minha macieira, meu bosque,
minhas crianças
adoradas, Andrea,
não mais logram
abrandar esta solidão
que é tua.

És a última, querida,
a saberes de mim
com intimidade e doçura,
com ardor também
e fome,
como nenhuma outra
jamais.

Dou-me a ti, toma-me, sou tua,
que te escolhi
(em princípio
nem eu mesma sei ao certo
o porquê...) e me amaste
poderosamente

Devora-me, guria,
virtualmente que seja,
para que eu viva
mais intensamente
que nunca!

Que eu me projete
na tua doce alma
como nestas árvores,
flores, campos
e mais perdure!

Que assim vivi neste meu pampa...



09/01/2006

3 comentários:

Anônimo disse...

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Anônimo disse...

Que poemas lindos...
Parabéns pela tua iniciativa de divulgá-los, certamente o mundo precisa deles.