Foi na grande cidade,
Andrea
que te encontrei
sem jamais ver-te,
que te quero ver.
Estás longe,
estás só como eu,
aqui no casarão
entre as minhas flores,
as árvores do meu pomar,
e a pradaria.
Minha macieira, meu bosque,
minhas crianças
adoradas, Andrea,
não mais logram
abrandar esta solidão
que é tua.
És a última, querida,
a saberes de mim
com intimidade e doçura,
com ardor também
e fome,
como nenhuma outra
jamais.
Dou-me a ti, toma-me, sou tua,
que te escolhi
(em princípio
nem eu mesma sei ao certo
o porquê...) e me amaste
poderosamente
Devora-me, guria,
virtualmente que seja,
para que eu viva
mais intensamente
que nunca!
Que eu me projete
na tua doce alma
como nestas árvores,
flores, campos
e mais perdure!
Que assim vivi neste meu pampa...
09/01/2006
3 comentários:
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Que poemas lindos...
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