segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Olhar, olhares (de Alma Welt)

Eleito entre milhares
nosso olhar quer ver o mundo
e já pouco sabe de si.
Ser a súmula de olhares
apreendidos
é a norma
herança do saber
cultura e forma

Pouco de nós mesmos há
no verso camuflado
mal e mal
pelo vago temperamento
e arroubo
do momento

Entretanto
reconhecidos somos
pelas nossas escolhas...
ba! quem fomos?
tristes folhas
de um desconhecido outono
de pouca tolerância
Ao vento fluido
qualquer descuido
é ânsia
ou abandono
dor fatal


E sempre
descuidamos
no final


17/05/2006

Um comentário:

Kárcio Oliveira disse...

Excelentes poesias!! Adorei todas, PARABÉNS!!!

Acesse, comente e siga o
Ecos da Alma www.ecosdaalma.com